"Trabalhar por turnos envelhece o cérebro"- Esta foi a conclusão realizada por estudo realizado na universidade de Toulouse (França) e de Swansea (Reino Unido).
A rotatividade de turnos é uma prática comum em muitos setores, incluindo saúde, indústria e serviços. No entanto, um estudo recente sugere que trabalhar por turnos pode ter efeitos negativos no cérebro ao longo do tempo.
De acordo com a pesquisa publicada na revista científica "Neurology", os trabalhadores que fazem turnos têm um declínio mais rápido nas habilidades cognitivas em comparação com aqueles que trabalham em horários regulares durante o dia. O estudo acompanhou milhares de adultos ao longo de dez anos e descobriu que aqueles que faziam turnos tinham um declínio cognitivo equivalente a 6,5 anos a mais de envelhecimento em comparação com os seus colegas que não trabalhavam por turnos.
Os investigadores sugerem que a interrupção dos ritmos circadianos naturais, causada pelos horários de trabalho por turnos, pode levar a mudanças no funcionamento do cérebro ao longo do tempo. Isso pode afetar a memória, a concentração e outras funções cognitivas, tornando mais difícil para os trabalhadores desempenharem as suas tarefas de forma eficaz.
Além disso, trabalhar por turnos também pode ter outros efeitos negativos na saúde, como distúrbios do sono, aumento do risco de doenças cardiovasculares e metabólicas, e até mesmo problemas emocionais como ansiedade e depressão.
Embora muitos setores dependam da rotatividade de turnos para operar 24 horas por dia, é importante considerar os potenciais impactos na saúde dos trabalhadores. As empresas podem procurar implementar políticas que minimizem os efeitos negativos dos horários de trabalho por turnos, como limitar a duração dos turnos, oferecer intervalos regulares e fornecer apoio para promover uma boa higiene do sono e saúde mental.