Em Portugal existem bastantes colaboradores com 25 anos de serviço que ainda ganham o mesmo daqueles que entram hoje.
Esta realidade reflete um fenómeno preocupante de estagnação salarial que afeta significativamente os trabalhadores portugueses. Ao longo dos anos, muitos colaboradores dedicaram-se à mesma empresa, contribuindo para o seu crescimento e desenvolvimento. No entanto, apesar da sua lealdade e experiência, os seus salários não acompanharam adequadamente a inflação ou os aumentos salariais gerais do mercado.
Existem várias razões para esta estagnação salarial. Uma delas pode ser a falta de políticas claras de progressão na carreira e de revisão salarial por parte das empresas. Em muitos casos, os colaboradores podem sentir-se desvalorizados e desmotivados devido à falta de reconhecimento do seu trabalho ao longo dos anos.
Além disso, a crise económica que assolou o país nas últimas décadas também pode ter contribuído para esta situação. Muitas empresas viram-se obrigadas a congelar os salários ou a reduzir os custos com pessoal para garantir a sua sobrevivência financeira. No entanto, mesmo com a recuperação económica, muitas empresas continuam a manter esta política de estagnação salarial.
Esta situação tem consequências negativas tanto para os colaboradores como para as empresas. Os colaboradores podem sentir-se desmotivados e pouco valorizados, o que pode levar a uma diminuição da produtividade e do compromisso com o trabalho. Por outro lado, as empresas podem enfrentar dificuldades em reter talentos e atrair novos colaboradores, uma vez que a falta de perspetivas de progressão na carreira pode afetar a sua atratividade no mercado de trabalho.
Para lidar com esta questão, é fundamental que as empresas implementem políticas salariais mais transparentes e equitativas, que reconheçam e recompensem adequadamente a experiência e o desempenho dos colaboradores ao longo do tempo. É importante que colaboradores sejam incentivados a negociar os seus salários e a procurar oportunidades.