Existem várias vagas para as quais estão empresas a recrutar, mas não estão a conseguir candidatos.
As empresas têm procurado preencher vagas em profissões como vendedores, informáticos e técnicos de call center, no entanto, têm enfrentado dificuldades para encontrar candidatos adequados.
De acordo com dados divulgados recentemente pelo Jornal de Notícias, o Ministério do Trabalho registou um total de 61.626 vagas de emprego no final de setembro de 2022, para as quais não houve interesse ou candidatos disponíveis, com a maioria localizada na Área Metropolitana de Lisboa e no Norte do país. Esse número representa um aumento de 43,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior e um aumento de 19,9% em relação às vagas registadas no segundo trimestre de 2022.
As profissões mais demandadas incluem vendedores, informáticos e técnicos de call center, mas foram as que apresentaram maior dificuldade em encontrar candidatos qualificados. Mais de um terço das vagas (23.377) estão localizadas na Área Metropolitana de Lisboa, seguidas pelo Norte (18.117) e pelo Centro (9.844).
Em Portugal, a taxa de empregos não preenchidos é de 1,7%, o que significa que, de cada 1.000 vagas anunciadas, 17 ficam sem preencher no Instituto de Emprego e Formação Profissional. O varejo apresentou o maior número de vagas não preenchidas, com 11.742 vagas para vendedores. As áreas de tecnologia da informação e comunicação, bem como o suporte ao cliente, também apresentaram altas taxas de vagas não preenchidas.
Um estudo desenvolvido pelo Observatório do Emprego Jovem, verificou ainda que metade dos jovens desempregados não tem a sua inscrição ativa nos serviços públicos de emprego. Desta forma, estes jovens que estão sem emprego, também não se encontram a receber subsídios.