Segundo o Diário de Notícias, em 2018 foram devolvidas 14 crianças. Oito dos casos terão ocorrido na fase de pré-adopção, seis meses antes da tomada de decisão do tribunal.
Nos últimos três anos, 53 crianças que estavam em processo de adopção foram devolvidas às instituições que os acolhiam, noticia o Diário de Notícias (DN) esta terça-feira. Segundo os relatórios do Conselho Nacional de Adopção e CASA, em 2016, foram interrompidas 19 adopções. Em 2017, foram 20 as crianças que regressaram às instituições que cuidavam delas (11 raparigas e nove rapazes, sendo que dez eram irmãos). Em relação a 2018, os dados ainda não foram revelados, mas o DN avança que foram devolvidas 14 crianças.
Em 2018, seis das interrupções foram feitas durante o período de transição – que pode ir de 15 dias a um mês após a criança e a família entrarem em contacto. Oito dos casos ocorreram na fase de pré-adopção, seis meses antes da tomada de decisão do tribunal.
Nalguns casos, as crianças chegam mesmo a viver durante vários anos com as famílias antes de serem devolvidas. “São devolvidas quando começam a crescer e a dar problemas comportamentais, próprios da idade de quem está na adolescência”, explicou ao DN a psicóloga Rute Agulhas.
Para a psicóloga, a avaliação dos candidatos à adopção é muito importante. O acompanhamento durante o período de transição e pós-adopção é igualmente importante. Algumas famílias dizem sentir-se sozinhas e sem saber como reagir a determinadas situações. “Se tivesse mais apoio talvez o conseguissem fazer e da forma mais adequada”.